A Despedida de um Ícone: A Comoção Nacional pela Perda de Zagallo
Uma Vida Vitoriosa
A notícia da morte de Zagallo, um dos gigantes do futebol brasileiro e mundial, abalou o país e reverberou pelo mundo. Na sexta-feira, dia 6 de janeiro, aos 92 anos, ele sucumbiu a uma arritmia cardíaca após uma longa batalha. Desde 15 de agosto de 2023, encontrava-se internado por conta de uma infecção urinária1. Zagallo marcou seu nome na história, sendo o único tetracampeão do mundo: como jogador em 1958 e 1962, como técnico em 1970 e coordenador em 1994. Além disso, sua trajetória foi marcada por conquistas memoráveis nos clubes que defendeu, como Flamengo, Botafogo e Fluminense.
Um Legado de Glórias
Zagallo nasceu em Maceió, em 9 de agosto de 1931, mas foi no Rio de Janeiro que cresceu e fez sua história. Iniciou sua carreira como ponta-esquerda no América, em 1950, destacando-se posteriormente no Flamengo, de 1951 a 1958, e no Botafogo, de 1958 a 1965. Sua versatilidade em campo o caracterizava como um jogador moderno, capaz de marcar e criar jogadas. Pela seleção brasileira, disputou 33 partidas, marcando cinco gols e sendo peça chave nas Copas de 1958 e 1962.
O Comandante e seu Legado
Como técnico, Zagallo iniciou sua jornada no Botafogo em 1967, sendo convocado logo após para dirigir a seleção brasileira, em 1969. Ficou marcado por montar o esquadrão que encantou o mundo na Copa de 1970, no México, com nomes como Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Gérson. Apesar de não repetir o sucesso em 1974 na Alemanha, sua trajetória se estendeu por vários clubes e seleções, deixando marcas por onde passava.
Um Homem de Simbolismos
Zagallo era conhecido por seu otimismo, fé e superstições, sendo o número 13 seu amuleto da sorte. Vestia camisas, bonés e pulseiras com esse número e repetia seu famoso bordão “vocês vão ter que me engolir”, respondendo às críticas que enfrentava após a Copa América de 1997, na Bolívia.
A Comoção Nacional e Internacional
Sua partida causou comoção em autoridades, personalidades e imprensa de todo o mundo. Desde o presidente Jair Bolsonaro até ex-jogadores como Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho, Gérson, Carlos Alberto Parreira e Luiz Felipe Scolari prestaram suas homenagens, lembrando Zagallo como um mestre, um ídolo, um amigo e um exemplo a ser seguido.
O Legado e a Eterna Memória
Zagallo foi velado na sede da CBF, na Barra da Tijuca, em meio a familiares, amigos e figuras do futebol. Seu descanso final ocorreu no cemitério São João Batista, em Botafogo, onde foi sepultado sob aplausos e homenagens de torcedores e admiradores. Deixa um legado inestimável para o futebol e para o Brasil. Um lobo, um gênio, um herói, um número 13. Zagallo será eternamente lembrado.